sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Esperança

 


Olhar desatento, pensamento vazio. Busco uma esperança, um alento para o coração vazio.

A dor é insuportável, ainda não acredito. Busco nas lembranças encontrar uma forma de explicar o inexplicável.

Os dias passam, as emoções mudam, a consciência toma forma e tudo parece ainda mais triste. 

Mas me parece certo que um dia tudo isso passe, pois acredito que algo maior exite.



Minha primeira poesia é dedicada a minha amiga Gabriela Alcântara Ferreira.

#esperança #amor #fé #poesia #2020 #Covid

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Os dias estão difíceis




Nos últimos dias minha família, um grupo de amigos e eu temos passado dias muitos difíceis. Tenebrosos. Mas percebo que o mundo inteiro está assim e não só por conta da pandemia.


Não sei qual é sua crença, mas parece que astrologicamente e em algumas religiões têm explicações mais lógicas e as vezes reconfortante. É como se o universo estivesse nos dando a oportunidade de nos reequilibrar, de prestar atenção no que não é para estar em nossa vida e tirar, mudar, ajeitar o que não parece bem, realinhar e seguir em frente. Muitas pessoas nos deixaram, outras nem chegaram aqui e podemos enxergar isso de várias maneiras. Eu tenho tentado entender todo esse processo de uma forma mais natural, a partir de filosofias que expliquem a morte, a vida, o viver, o morrer, as experiências que temos durante a passagem nesta Terra de uma forma que faça mais sentido pra mim.


A única certeza que temos nessa vida é que um dia iremos morrer e não estamos preparados para isso. Estamos sempre contando com o amanhã que não está ao nosso controle. E isso fica claro em qualquer religião ou fé.


Eu sou uma pessoa cheia de medos e receios e isso muitas das vezes me impede de viver experiências boas ou ruins, porque como eu não me permito viver eu nem posso saber e fica sempre o sentimento de e se? Poderia ter feito… Poderia ter sido assim... Etc.


Eu disse pra mim que em 2020 faria diferente, tentei algumas vezes, mas a gente é muito apegado ao que é familiar, ao que já conhecemos e esse é o problema. O apego. Enquanto ficamos apegados a coisas desta vida, sejam pessoas, sentimentos, casas, dinheiro, etc não evoluímos. Não conseguimos observar e entender nossa missão nesta vida e isso nos trás sofrimento. Precisamos entender que estamos onde deveríamos estar, que as coisas acontecem como deveriam acontecer  como um fluxo natural da vida e apreender os ensinamentos a partir disso. E 2020 veio exatamente para nos mostrar isso.


Ame, perdoe, deixe sempre as pessoas que você ama sabendo disso, demonstre enquanto pode. Faça o que deseja com responsabilidade para não se desequilibrar e ferir aos outros, mas não deixe-se limitar por imposições dessa sociedade hipócrita que a gente vive.


Seja livre. Viva o presente.


#2020 #equilíbrio #apego #fé #morte #vida #doença

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Tire um tempo para você



Na correria da volta às aulas em meio a pandemia eu me vi tentando conciliar várias atividades e percebi que não estava conseguindo. E não sei se vocês acreditam, mas eu gosto muito de acompanhar previsões para o meu signo (peixes) e elas estavam sempre dizendo "você precisa parar um pouco e olhar para você, para suas coisas, para dentro". Mas eu, como boa pisciana, estou sempre me doando demais e não tava prestando atenção nisso. Pois bem, eu estava me sentindo muito sobrecarregada porque também resolvi começar a empreender com bijuterias (algo que estou amando fazer) e não estava conseguindo me organizar nem mentalmente o que estava me deixando extremamente cansada. Eu, que sou bem controlada no que diz respeito a redes sociais, estava passando horas nas mesmas para tentar divulgar meu trabalho. Fora os problemas que rotineiramente aparecem aqui em casa.

Mas iniciaram as aulas remotas e como de costume em uma semana eu já tinha no mínimo cinco textos de 14 páginas acima para ler. E eu precisava dividir meu tempo, me concentrar e terminar minhas tarefas. Aí eu voltei ao afastamento das redes sociais e tentei focar mais nas leituras e aulas. Primeira semana passou voando, pra segunda eu falei: tenho que conseguir!" 

A semana iniciou e eu foquei nos meu objetivos e estou conseguindo. Mas hoje, quarta-feira, foi um dia que eu tive duas aulas ao longo do dia e precisava reler o texto para a aula de amanhã. Por volta das 22:30 eu terminei, já estava cansada e só queria ficar sem fazer nada. Mas sem fazer nada mesmo. E consegui. Fiquei por volta de 10 minutos deitada na cama, sem celular, sem conexão de qualquer tipo, pensando em nada ou pelo menos nada que me desse a sensação de estar produzindo, ou de preocupação, apenas com minha companhia. Ah! Estava pensando em o que fazer para comer. Essa foi a motivação que me fez levantar daquele maravilhoso ócio. E enquanto preparava meu alimento me dei conta do quanto eu gosto de ficar nesse ócio e há quanto tempo eu não fazia isso.

E como meus textos nascem dessas vivências e experiências, resolvi compartilhar com vocês e lhes fazer a seguinte pergunta: Qual foi a última vez que você curtiu o seu ócio não criativo e não produtivo? Aquele que apenas te permite descansar e recarregar suas energias. Apenas com uma conexão interna. 

Espero de coração que esse texto, mais que todos os outros, levem a vocês a mesma sensação de paz que estou sentindo.




#ócio #descansar #produtividade #capitalismo #EAD #pandemia #desconecte #escritapreta #pretosnotopo

domingo, 23 de agosto de 2020

Olhe para si



Tem momentos que nos encontramos tão exaustos pelos problemas que temos para resolver e mentalmente exaustos com a quantidade de informações que recebemos diariamente que não conseguimos pensar ou fazer algo que deveríamos. É como se toda a organização e planejamento não servisse para nada, porque se quer conseguimos seguir. Queremos apenas exercer o ócio na tentativa de encontrarmos respostas ou direções a seguir. Resumindo, tem dias que nos sentimos completamente perdidos.


Em dias como esses, é bom que façamos o exercício de nos ouvir. Observe seus comportamentos, seus desejos, sentimentos e pergunte o que estou sentindo? Por que estou sentindo? Por que estou agindo assim?  Me sinto bem com isso? 


Não ignore suas emoções e sentimentos. Acolha-os e tente entender o que eles estão tentando lhe dizer.


Busque o autoconhecimento. Às vezes a gente passa tanto tempo repetindo certos comportamentos que acreditamos ser por nós e na verdade não são. Em outros casos, passamos tanto tempo realizando atividades que se tornam tão cansativas e dolorosas por acharmos que é o que temos que fazer, o que queremos fazer e na maioria das vezes estamos bem longe dos nossos reais desejos, sonhos e objetivos.


Procure conectar-se com o que você realmente sente para entender o que você busca. Faça meditação, fique em silêncio, ponha a boa música, faça uma autoanálise para lembrar do que você gosta, busque fazer psicoterapia ou terapias alternativas.

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#olhar #buscainterior #equilíbrio #autoconhecimento #meditação #sonhos #objetivos #música #psicoterapia #terapia #comportamento #textos #escritos #escritapreta #palavras

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Como tenho percebido as relações interpessoais nos últimos tempos




Não é novidade pra ninguém o quanto as relações interpessoais têm estado rasas. Parece que aquele dito popular "não se faz mais nada como antigamente" nunca fez tanto sentido.

Neste texto vou falar de uma forma bem pessoal, porém, deixando claro que minha forma de perceber e entender as coisas não são absolutos.

Tenho observado bastante o comportamento das pessoas em relação às amizades, aos relacionamentos amorosos, a relação que elas têm consigo mesmas e com seus familiares, vizinhos, etc e percebo um certo egoísmo disfarçado de amor próprio e omissão.

Vejo que as pessoas têm muita dificuldade de expor suas dores e sofrimentos por que não confiam no outro ou não se sentem seguras o suficiente, temem a um possível julgamento do mesmo. É triste porque tudo isso, na maioria das vezes, baseia-se em suposições e expectativas que criamos. Nunca saberemos qual a opinião ou reação do outro enquanto não nos dispomos a solicitar, a ouvir. Com isso vemos famílias inteiras que não se conhecem verdadeiramente.

Em contrapartida, percebo que existem muitas pessoas que estão muito dispostas a falar sobre si, sobre seus problemas, mas não param para ouvir, para perceber o outro. Seria uma falta de atenção? Falta de tempo? Excesso de amor próprio ou egoísmo mesmo? Fico refletindo sobre isso. Fala-se tanto sobre empatia, mas pouco se pratica. Passamos por situações onde sentimos dificuldades, ficamos abatidos e por vezes não enxergamos soluções, porém, não somos os únicos. Às vezes, a pessoa que está ao seu lado está passando por uma situação que julga tão difícil quanto a sua, mas é necessário parar e observar para entender. E se necessário for, ofereça ajuda da forma que puder. O peso de nossas dores é medido de acordo com a nossa subjetividade.

Se você escolhe a quem fazer o bem você está apenas fazendo o que lhe é conveniente.

Existem pessoas que mesmo com a distância, o tempo curto e etc se fazem presente em sua vida da forma que podem. Já outras só aparecem quando precisam de algo. E ai, me fazem lembrar o seguinte texto: "Se precisa forçar é porque não é o seu tamanho. Isso serve para anéis, sapatos, amizades, profissões e relacionamentos." Faz-se necessário deixar para trás e seguir.

E sobre os relacionamentos amorosos... Verdade é que as pessoas estão aprendendo que não precisam estar com alguém para serem felizes ou completos. Outras estão tão, mas tão machucadas pelas experiências ruins que tiveram que optaram por desistir. Bom, eu penso que você não pode mesmo colocar nas mãos de outra pessoa sua felicidade, mas penso também que precisamos ter coragem de enfrentar nossos medos e nos abrir para outros começos. Então quando se dispuser a conhecer e se relacionar com alguém, opte pela clareza, honestidade e maturidade. Entenda o que você quer, diga à pessoa. Se ela estiver de acordo, ok. “O combinado não sai caro.” Se não, a vida continua.

Não distribua migalhas e espere receber banquetes. Prefira ser oceano ao invés de poça d’água.


#relaçõesinterpessoais
#amizade
#relacionamentos
#reciprocidade
#comunicaçãonãoviolenta

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Posicione-se!




Desde o assassinato de George Floyd, temos visto toda uma movimentação nas redes sociais em defesa das vidas negras, onde as pessoas estão postando imagens, usando hashtags, escrito textos, etc e tudo isso é muito legal e importante. Mas é necessário que essa atitude vá além das redes sociais e não estou falando sobre confrontos físicos, mas sobre mudança de comportamento. Aliás, se fôssemos expressar em palavras os confrontos que têm ocorrido nos EUA, seria exatamente assim: CHEGA! ESTAMOS CANSADOS! "NÃO CONSEGUIMOS MAIS RESPIRAR (adaptado)."


Cansados de sorrisos amarelos, de pedidos de desculpas, de "não era essa minha intenção", "eu não fiz por mal", "somos todos iguais", "tenho até amigos negros", "a moça que trabalha lá em casa…", de pessoas falando da NOSSA vivência, de pessoas querendo dizer onde é o nosso lugar e todas as outras justificativas para esconder e fazer perpetuar o preconceito e o racismo.


Se você quer realmente contribuir para que essa revolução, COMECE A SE POSICIONAR. Não aceite mais piadinhas, frases, apelidos e comportamentos preconceituosos. POSICIONE-SE CONTRA! Seja você negro ou branco. Pare de julgar nossas roupas, nossos cabelos, nossa forma de viver, nossas crenças… RESPEITE! Não eleja políticos que contribuam para o genocídio do povo preto! Sim, porque isso também tem a ver com direitos humanos e políticas públicas.


Enquanto você reconhecer que o tratamento é diferente e não fizer nada para mudar, você é conivente e alimenta o sistema.


Pessoas de pele branca, NUNCA, EM HIPÓTESE ALGUMA, vão saber o que é ser negro, mas o negro sabe o que é ter que parecer branco. E é doloroso, porque é altamente destrutivo física, psicológica e socialmente.


Eu não quero aqui relatar os milhares de casos em que um negro ou uma negra foram mortos, ofendidos ou difamados simplesmente porque a cor da sua pele chega primeiro em qualquer situação. Apesar de "sermos todos iguais", da raça humana. Não falarei, porque isso dói em mim, porque eu sei que a próxima pode ser eu.


O que eu quero falar é:


Se você é negro e quer ajudar a protestar, POSICIONE-SE. Pare de se anular, de tentar ignorar sua negritude e comece a busca do conhecimento de sua história. Aceite suas características, sua origem, pare de querer se adequar a um modo de vida que não é o seu. Busque referências de pessoas negras. Grupos de pessoas negras que discutam suas próprias questões. É importante ser consciente sobre as questões que envolvem as pessoas negras.


Se você é uma pessoa de pele branca, POSICIONE-SE. Não tenha e nem reproduza comportamentos preconceituosos e racistas. Não tente silenciar as pessoas negras enquanto elas tentam relatar suas vivências. Ouça-as. Não subestime uma pessoa negra e nem a pressione para que sejam as melhores por esforço e mérito, quando o ponto de partida nessa corrida não é o mesmo das pessoas brancas. Não tente ser seu salvador. Incentive o progresso intelectual, financeiro e social das pessoas negras. Assim você auxiliará de forma mais eficaz nessa luta.


Neste momento, estamos falando especificamente das pessoas negras, mas entendo essa necessidade de respeito e mudança de comportamento para todas as etnias que são consideradas inferiores e também às pessoas que são ou fazem escolhas diferentes das suas, seja no estilo de vida, na forma de se vestir, a orientação sexual, a escolha de ter ou não filhos, de casar ou não.


#VidasNegrasImportam

#Pretosnotopo

#Negros

#Antirracista

#BlackLifesMatters

#Wakandaforever

#Antifacista

#DiadaConsciênciaNegra

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Quando vamos parar de tentar embranquecer? Sobre as mortes dos meninos Joãos.

Eu não precisaria acrescentar nenhuma palavra sobre esse evento que exprime a realidade da vida dos negros no Brasil, porque eu vi muitas situações como essa bem de perto. Dói muito todas as vezes que vejo uma notícia triste, desesperadora, e todos os adjetivos ruins inerentes a ela, porque são meus semelhantes. Eu não consigo ver tudo isso e não sentir um pesar.
Ainda não superei a morte de Marielle Franco, todas as vezes que lembro sinto uma dor no peito que levei muito tempo para entender o porquê sentia aquilo. Até que um dia, uma mulher negra, psicologa, relatou a vivência de uma paciente que morava em uma das comunidades do Rio e sentia forte medo de sair de casa, porque ela via quase que diariamente corpos negros estirados no chão como resultado de tamanha violência em nosso país, especificamente contra os negros. E sabemos o porquê, sabemos desde quando, mas continuam querendo calar nossas vozes e invalidar nossa existência. Aquela mulher se enxergava naqueles corpos e tinha medo de que um dia a pessoa deitada ali fosse ela. Muitos vão dizer "ah! Besteira. Isso nunca vai acontecer a ela." Mas a realidade, as histórias que são mostradas (por que muitas não são) dia após dia, legitima o medo dela. E só ai eu entendi meu sentimento em relação ao assassinato de Marielle. É "o sentimento... de aversão à privação da liberdade praticada contra a população negra no Brasil".

Por várias vezes, me peguei pensando e temerosa pelos meus primos que estão na mesma faixa etária do João, serem vitimas como ele ao andarem pelas ruas, entrarem nas lojas, e outras vivências, que só uma pessoa de pele preta sabe como é, quando eles simplesmente só estão tentando ser adolescentes. Porém, o jovem negro no Brasil, infelizmente, não tem o mesmo direito do "Branco", porque sua cor chega antes de qualquer coisa.
Coincidentemente, nos últimos dias eu estava lendo o livro Pele negra, Máscaras Brancas de Frantz Fanon, e fico me perguntando (muito indignada) quando a população brasileira vai evoluir de verdade? Parar de jogar para debaixo do tapete seus preconceitos, sua hipocrisia, seu egoísmo, etc e encarar suas mazelas (que foram bem evidenciadas nos últimos três anos). Quando vamos parar de acreditar que a cor da pele faz um ser humano melhor que outro? Quando vamos parar de tentar embranquecer? Quando vamos nos descolonizar?
#MarielleFranco
#JoãoPedro
#PelenegraMáscarasBrancas
#FrantzFanon
#Violência
#Brasil
#PoliticasPúblicas
#Populaçãonegra

#vidasnegrasimportam

#BlackLifesMatters

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Como você está passando o isolamento social?

Em tempos de pandemia, observando a forma como amigos e familiares têm passado por esse momento tão atípico para nós e como estudante de Psicologia, percebi a importância de tentar relatar e sugerir algumas formas de lidar com tudo isso.
Tenho percebido de forma variada pessoas passando o momento de forma muito tranquila e outras nem tanto. Peço aqui desculpas por usar os relatos de alguns, porém, a única intenção é ajudar a outras pessoas que estejam na mesma situação.
Algumas pessoas estão preocupadas e com medo de terem seus familiares e amigos contaminados pela COVID-19, assim como temerosos pelos que já foram contaminados e não têm reagido bem. Outras não estão conseguindo encontrar uma atividade que o acalme, que as apreendam. E muitos de nós que já cansamos das lives, das vídeos chamadas, das redes sociais, dos telejornais e ficamos entediados e irritados por termos nossas liberdades restringidas.
Primeiro tente acalmar a mente, não reprima suas emoções e sentimentos, mas, sobretudo tente identifica-las e entender o que e o porquê está sentindo.
Acredito que nesse momento ter a fé é de grande importância. Independente de sua crença ou religião ou se você não tem nenhuma, acredite que logo tudo isso vai passar e que voltaremos as nossas atividades.
Tente ligar para seus amigos e familiares para falar e ouvir como tem sido suas rotinas, pois é uma forma de distrair e aliviar o estresse de vocês.
Ouça músicas que você goste e que te acalmem.
Tente meditar, fazer yoga ou simplesmente coloque uma música, sente-se em algum lugar confortável e aproveite a sua própria companhia. Pense não no que vai acontecer de ruim após a pandemia, mas tente lembrar-se das coisas boas que você alcançou até aqui e poderá alcançar quando tudo isso passar.
Aproveite para ler os livros que você não conseguia, se você está com a família, amigos, parceira (o) que tal lerem juntos?
Se você tiver quintal, ande por ele, tome um banho de sol.
Para crianças têm canais no You Tube de contadores de histórias. Pintar, desenhar.
Se você sabe e gosta tente plantar, costurar, fazer crochê nada mais tranquilizador e que nos ajuda a entender que tudo tem um processo e que leva um tempo para finalizar e que nem sempre o resultado será satisfatório. Aprendemos também que algumas coisas fazem parte da vida e não podemos mudar e outras que podemos fazer de outra forma e obter melhores resultados.
Faça exercícios físicos, alongamentos, exercícios respiratórios.
Tente manter uma mínima rotina possível nas suas atividades.
E se ainda assim não conseguir realizar nenhuma atividade que o acalme, está sentindo grande ansiedade, tristeza que afeta sua vida cotidiana entre em contato com uma psicóloga ou um psicólogo, muitos têm atendido online e em projetos gratuitos para atender a população nesse momento tão difícil.
E a você que está na linha de frente nessa pandemia, que precisa sair para trabalhar nos serviços considerados essenciais ou que infelizmente não pôde parar ou ser dispensado, ao sair siga as orientações dos órgãos responsáveis: lave bem as mãos, use máscaras, álcool em gel e mantenha a distância recomendada.
#COVID19
#PSICOLOGIA
#FICAEMCASA
#PANDEMIA
#ISOLAMENTOSOCIAL

quinta-feira, 23 de abril de 2020

E se soubéssemos que iríamos passar por tudo isso?

O ano de 2019 terminou e a maioria de nós deu graças a Deus! Na virada do ano fizemos nossas tradicionais listas de planos e desejos para o ano novo.

Janeiro chegou e lembro-me de ter visto inúmeras reclamações do quanto ele estava demorando a passar, o que me levou a fazer um texto no Facebook dizendo: Não reclamem! Sejam gratos, busquem mudar o que têm incomodado...

O carnaval passou e repetimos a velha piada "agora o ano começou". Reorganizamos nossos planos, tomamos decisões, iniciamos coisas e recebemos a notícia da COVID-19, mas até aí ok né?! Não era com a gente, estava longe. Só que ela chegou e não estávamos preparados.

E ai, fomos surpreendidos com a quebra brusca de nossas rotinas (muitas vezes vazias), interrompemos os planos, algumas comemorações, tardamos encontros, diminuímos ainda mais os abraços, etc. Fomos impelidos a reavaliar nossas prioridades, nossos planos, a forma como utilizamos o tempo, a atenção que dávamos aos que amamos, o nosso uso da tecnologia e mil outras coisas.

Empresas foram obrigadas a se anteciparem nas mudanças tecnológicas, adaptarem-se às novas formas de trabalhos, de fazer reuniões e processos seletivos.

Adultos avessos ao celular e a outras tecnologias precisaram aprender a usá-los...

Ou seja, tivemos que reavaliar nossos valores, desacelerar, ter paciência, mudar, olhar para nós mesmos, aprender a lidar com nossa própria companhia e reconhecer a nossa fragilidade. Tudo o que a maioria dos seres humanos têm medo.

Lição de tudo isso? Não deixe de fazer nada em função do medo.

#COVID-19
#Planos
#Gestãodotempo
#Tecnologia
#Vida
#Ficaemcasa

sábado, 21 de março de 2020

Seja consciente, fique em casa. Logo tudo isso vai passar.

Nos últimos três anos, tenho sido bem diretiva quanto a minha opinião sobre as escolhas políticas feitas por nossa população. Não meço esforços para tentar explicar e mostrar o quanto a escolha presidencial e governamental foram erradas e acarreta inúmeras perdas a população brasileira principalmente do ponto de vista social. Essa tentativa tem sido extremamente cansativa ao ponto de não somente eu, mas outras pessoas que compartilham da mesma opinião, não conseguirmos mais falar sobre o assunto, evitar o acesso às redes sociais, que se tornaram altamente tóxicas pelos conteúdos de ódio e ideológicos que circulam distorcidamente nas mesmas. Vimos amizades e famílias divididas e pessoas tendo que escolher entre o amor por seu ente querido, cônjuge, etc e sua opinião política. E nesses últimos dias, mesmo com todo evidente descaso que a pandemia do COVID19, ainda assim muitos têm dificuldade de entender a real situação do país.
Porém, hoje eu não quero falar mais sobre isso. Já que só nos gera desgaste psicológico e emocional expondo-nos ainda mais ao vírus. Quero falar aqui do que muitos sejam as equipes de saúde, governadores, prefeitos, especialistas e telejornais, têm deixado explicito: “É hora de nos unirmos.” Temos sido chamados a uma responsabilidade que não é tão difícil e complicada assim, a de ficar em casa para preservar a nossa saúde e a dos nossos familiares e amigos. Então acredito que mais do que nunca esse é o momento de mostrar o quanto somos patriotas e fazermos o que podemos para salvar nosso bem maior, nosso povo. Isso não significa que estamos mudando nossa opinião política, que desistiremos de lutar por nossos direitos, somos uma nação que conquistou seu progresso indo às ruas, não abaixando a cabeça e continuaremos resistindo. Mas esse é o momento de lutarmos juntos.
Que esse momento de isolamento nos permita também repensar nossos hábitos, nossos laços afetivos, nossa consciência social, nossos valores e que nos tornemos uma nação mais forte. Capaz de avaliar nossas necessidades e escolher conscientemente nossos governantes.
Seja consciente, fique em casa. Logo tudo isso vai passar.
#COVID19
#Ficaemcasa
#Ficaemcasapornós
#Conscienciacoletiva
#Quarentena
#Pandemia

segunda-feira, 16 de março de 2020

Envelhecer e Amadurecer

Tenho refletido sobre esses assuntos nos últimos dias e confesso que não é muito fácil.

Março é o mês do meu aniversário e percebi que, nos últimos dois anos, quando a data se aproxima, muitos pensamentos vagueiam minha mente. Planos, sonhos, metas alcançados ou não. Rodeia também uma espécie de mensuração do quanto evoluí ou não em todas as áreas da vida.

Bom, dependendo do seu padrão de cobrança e do que você acredita que é evolução, essa reflexão pode ser perturbadora. Mas mostra também o quanto estamos sempre nos comparando aos outros e estabelecendo metas a partir do progresso deles. Outra coisa que vem a mente é que para algumas pessoas você é apenas o favor que as oferece. Mas uma coisa muito boa é que se você consegue perceber isso e mudar suas atitudes conseguirá distinguir quem é sorriso nos dias felizes e abrigo nos dias de chuva.

Bom sobre envelhecer no aspecto físico é bem interessante perceber as limitações que o corpo vai apresentando, como as mudanças na forma de se locomover, falar, pensar. Como o rosto muda, como as rugas e os cabelos grisalhos aparecem, como as dores se apresentam. É interessante também ver como suas prioridades mudam, como se quer aproveitar a vida, perdoar.

E sobre amadurecer? Ah é bem mais difícil porque amadurecer é conseguir olhar essas questões e saber quais emoções elas evocam em você, saber diferenciar e gerencia-las.

É entender que as pessoas são diferentes, e por consequência suas prioridades e ações também serão e nem sempre irão agradar a você e nem precisa.

É olhar para os seus planos e ver se eles ainda refletem os seus reais desejos ou se você ainda é a pessoa que os fez. É também aprender a se impor mais, colocar limites onde e para quem precisa. É aprender a dizer não. Mesmo que seja para você.

É entender que cada um tem seu tempo e funciona de acordo com ele. É como o processo de desenvolvimento infantil, existe um período estimado para que cada etapa ocorra, porém, em algumas crianças ele não ocorre dentro desse período. E isso não quer dizer que ela não é "normal", apenas que organismo dela pode estar funcionando de forma diferente. Assim são os adultos, uns compreendem as coisas mais rapidamente e sozinhos conseguem se organizar e seguir, outros não.

É ter clareza sobre quem você é e o que você quer, para aproveitar sua vida sem reclamar, sem se obrigar a agradar aos outros para manter as aparências. É saber se priorizar sem egoísmo e presunção. É ter coragem de fazer o que você realmente quer.

Amadurecer me parece aquele momento em que conseguimos completar um quebra cabeça. É fácil? Não. É rápido? Menos ainda. Mas o resultado final pode lhe trazer paz.

Por vezes, nós é muito difícil tomar certas decisões porque não queremos fugir dos nossos valores, queremos manter as conveniências, agradar aos outros, atender as expectativas dos outros ou as que achamos que as pessoas têm e tudo isso pode nos levar a um grande sofrimento psíquico e desordem emocional onde na maioria das vezes não conseguimos enxergar a motivação e menos ainda uma solução.

E abro aqui um espaço para reafirmar, procure um profissional capacitado a lhe ajudar, neste caso um psicólogo ou psicóloga. A partir daí ele te ajudará a entender qual o problema e sendo necessário o encaminhará a um psiquiatra. A opção de usar uma medicação ou não é sempre para quando um indivíduo que foi devidamente avaliado por profissionais competentes, está sob um sofrimento que lhe causa prejuízo a vida cotidiana. Porém, é importantíssimo ressaltar que medicamentos não irão resolver seus problemas, apenas os sintomas por isso a necessidade de psicoterapia.

Retornando ao texto, é preciso estar em consonância com seus desejos e valores para que tome atitudes atendam a eles e sinta-se bem. Isso é também é um autocuidado.

Para reflexão um trecho da música AmarElo do Emicida, trabalho lindo por sinal, onde ele faz uma justa e perfeita homenagem ao Belchior.

"Tenho sangrado demais, chorado pra cachorro. Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro."

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