sexta-feira, 26 de junho de 2020

Como tenho percebido as relações interpessoais nos últimos tempos




Não é novidade pra ninguém o quanto as relações interpessoais têm estado rasas. Parece que aquele dito popular "não se faz mais nada como antigamente" nunca fez tanto sentido.

Neste texto vou falar de uma forma bem pessoal, porém, deixando claro que minha forma de perceber e entender as coisas não são absolutos.

Tenho observado bastante o comportamento das pessoas em relação às amizades, aos relacionamentos amorosos, a relação que elas têm consigo mesmas e com seus familiares, vizinhos, etc e percebo um certo egoísmo disfarçado de amor próprio e omissão.

Vejo que as pessoas têm muita dificuldade de expor suas dores e sofrimentos por que não confiam no outro ou não se sentem seguras o suficiente, temem a um possível julgamento do mesmo. É triste porque tudo isso, na maioria das vezes, baseia-se em suposições e expectativas que criamos. Nunca saberemos qual a opinião ou reação do outro enquanto não nos dispomos a solicitar, a ouvir. Com isso vemos famílias inteiras que não se conhecem verdadeiramente.

Em contrapartida, percebo que existem muitas pessoas que estão muito dispostas a falar sobre si, sobre seus problemas, mas não param para ouvir, para perceber o outro. Seria uma falta de atenção? Falta de tempo? Excesso de amor próprio ou egoísmo mesmo? Fico refletindo sobre isso. Fala-se tanto sobre empatia, mas pouco se pratica. Passamos por situações onde sentimos dificuldades, ficamos abatidos e por vezes não enxergamos soluções, porém, não somos os únicos. Às vezes, a pessoa que está ao seu lado está passando por uma situação que julga tão difícil quanto a sua, mas é necessário parar e observar para entender. E se necessário for, ofereça ajuda da forma que puder. O peso de nossas dores é medido de acordo com a nossa subjetividade.

Se você escolhe a quem fazer o bem você está apenas fazendo o que lhe é conveniente.

Existem pessoas que mesmo com a distância, o tempo curto e etc se fazem presente em sua vida da forma que podem. Já outras só aparecem quando precisam de algo. E ai, me fazem lembrar o seguinte texto: "Se precisa forçar é porque não é o seu tamanho. Isso serve para anéis, sapatos, amizades, profissões e relacionamentos." Faz-se necessário deixar para trás e seguir.

E sobre os relacionamentos amorosos... Verdade é que as pessoas estão aprendendo que não precisam estar com alguém para serem felizes ou completos. Outras estão tão, mas tão machucadas pelas experiências ruins que tiveram que optaram por desistir. Bom, eu penso que você não pode mesmo colocar nas mãos de outra pessoa sua felicidade, mas penso também que precisamos ter coragem de enfrentar nossos medos e nos abrir para outros começos. Então quando se dispuser a conhecer e se relacionar com alguém, opte pela clareza, honestidade e maturidade. Entenda o que você quer, diga à pessoa. Se ela estiver de acordo, ok. “O combinado não sai caro.” Se não, a vida continua.

Não distribua migalhas e espere receber banquetes. Prefira ser oceano ao invés de poça d’água.


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