sábado, 12 de novembro de 2022

Processos



Quando a Ana fez esse rascunho eu vi e disse: Nossa! Que linda! Quem é? E eu lembro da Ana e a Thais dizerem é você.

Eu fiquei espantada e pensativa por muito tempo. E só vinha a minha cabeça: como eu não tinha me visto? Porque eu não me reconheci? Ali ficou claro minha dificuldade com autoimagem.

Nessa época eu estava também iniciando meu processo de autoconhecimento, de buscar saber quem eu era, pela Psicologia, mas muito mais pela espiritualidade que dia após dia me faz esse convite. Porém, esse é um processo que só acontece se você consegue parar, andar devagar, observar e sentir.

Hoje é mais um dia nesse processo, eu já consigo saber muito mais de mim hoje do que mês passado ou há um ano atrás. Mas ele é contínuo, é progressivo a cada linha de chegada outra estrada se apresenta, mas quem me conhece sabe que esse é meu movimento. Aliás eu estou sempre em movimento.

Trouxe aqui essa reflexão para fazer um registro pessoal, mas também trazer a reflexão sobre a necessidade de olharmos para nós, para nosso corpo e ouvir o que ele tem nos dito, tem pedido e isso só acontece quando a gente para.

Estamos acostumados a uma modo de vida que nos faz estar constantemente em movimento, mas um movimento que nos distância de quem somos. Que não nos permite saber e nem ser quem somos. E ir na contramão dele exige disciplina, vontade e principalmente coragem. Coragem para quando nós depararmos com um eu que não é nem um pouco parecido com o que queríamos. E isso assusta. Mas também traz liberdade.

Então, pare um pouco para se ouvir. Quebre o ciclo. Sinta o seu corpo gingar e descubra onde ele quer te levar.


#autoconhecimento #espiritualidade