Esse texto como todos os outros, nasceu de uma inquietação a respeito de uma breve conversa com uma amiga, sobre autoestima e autoimagem. Mas nós nem estávamos falando desse assunto, apenas conversávamos sobre coisas que nos atravessam e de repente o assunto migrou.
E eu disse a ela que no fundo a gente sabe. Mas às vezes é um pouquinho difícil aceitar, entender não sei. E que outro dia eu tinha comentado com uma outra amiga que eu já tinha entendido a mulher que eu precisava ser, mas estava difícil encontrar ela aqui dentro. Mas eu a vejo, às vezes.
E isso não saiu da minha cabeça até que veio o título desse texto e eu fiquei refletindo sobre quem eu era, quem eu queria ser, quem eu queria ver.
É difícil às vezes a gente se enxergar, principalmente quando você passou uma vida inteira deixando as pessoas dizerem quem você era. Mas chega um momento em que isso começa a te incomodar e você encontra o vazio, porque você não consegue reconhecer quem tá ali.
Eu já escrevi alguns textos falando desse processo de reencontro, de redescoberta e o quanto ele pode ser doloroso porque parece que todo dia aquela ferida que parecia estar cicatrizando começa a sangrar. Mas ao mesmo tempo, você lembra que já caminhou um pedaço da estrada e que até aqui conseguiu caminhar. Não faltou acolhimento, não faltou alimento, não faltou cura e que na maioria das vezes isso veio de você.
Eu uso a imagem de mamãe Oxum pedindo sua benção e licença, mas porque o espelho que ela traz, tem também o significado de refletir quem nós somos, da busca pelo amor próprio e seu próprio eu. Que tudo começa em você.
Ora yê yê ô.
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